Na quarta-feira, 16, a Rússia expressou sua desaprovação em relação ao “plano de vitória” apresentado pelo presidente ucraniano Volodymyr Zelensky. Segundo Moscou, a proposta visa envolver a Otan, a aliança militar ocidental, em um conflito direto com a Rússia. Durante seu discurso, Zelensky fez um apelo urgente aos aliados, pedindo apoio para encerrar o conflito com a Rússia até o próximo ano.

Maria Zakharova, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, afirmou que o plano de Zelensky resultaria em um desastre para o povo ucraniano. Ela argumentou que o líder ucraniano está tentando arrastar a Otan para um confronto direto com Moscou, ressaltando que Zelensky não deve confiar em seus parceiros ocidentais, que, segundo ela, têm uma visão sombria sobre o futuro da Ucrânia: “veem a Ucrânia em um caixão e os cidadãos ucranianos no túmulo”.

A Rússia tem acusado o Ocidente de usar a Ucrânia como um campo de batalha para uma guerra indireta contra Moscou. Em contraste, os Estados Unidos e seus aliados da Otan defendem que suas ações visam ajudar a Ucrânia a se proteger contra uma agressão injustificada. Zakharova lembrou a recente advertência do presidente Vladimir Putin, que afirmou que o Ocidente estaria em guerra direta com a Rússia se permitisse ataques ucranianos em seu território com mísseis de longo alcance, prometendo que Moscou tomaria “medidas apropriadas” nesse caso.

Zakharova destacou que Zelensky está ciente das possíveis consequências de seus apelos à Otan. Por sua vez, o Kremlin considerou prematuro comentar o plano em detalhes, mas advertiu que Kiev deveria “manter a sobriedade” e perceber a futilidade de suas políticas. A situação continua a evoluir, com tensões crescentes entre a Rússia e os aliados ocidentais de Kiev.